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DIA INTERNACIONAL DA MULHER

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Neste dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, aproveitamos a ocasião para parabenizar todas as mulheres, indistintamente.

Entretanto, ao mesmo tempo que felicitamos pela data, sugerimos uma séria reflexão sobre a mudança do significado da data, historicamente identificada e profundamente marcada pela resistência e a luta das mulheres contra a exploração, a opressão e o machismo.

Hoje, os verdadeiros e reais motivos que serviram de sustentação na escolha do dia 8 como Dia Internacional da Mulher, praticamente desapareceram das narrativas. Essa desconstrução do significado histórico e original da data vem sendo conduzida por um discurso que, ainda que reconheça os direitos e valorize as mulheres, inverte a ordem dos fatos e das coisas para mostrar e reforçar o papel das mulheres como amáveis e dóceis (excluindo-se, é claro, as chamadas "ovelhas negras", cujos registros ainda são fartos).

Infelizmente, as mulheres continuam sendo vistas como objeto de satisfação dos desejos sexuais do masculino e objeto de desejo do mercado, como consumidoras, sem contar a função de mãe e cuidadora principal dos filhos.

Assim, apenas aparentemente livres, do ponto de vista das raízes sociais e históricas, a mulher continua prisioneira de todas as amarras onde sempre estive atada.

Se é verdade que conquistaram espaço no mercado de trabalho, no geral, ganham cerca de 30% a menos do que ganham os homens. Passaram a trabalhar mais, porque isso não aliviou em nada o fardo do trabalho doméstico, ainda sobre seus ombros.

Também, a aparente liberdade das escolhas, em relação ao mando e domínio dos homens, mostra que ainda são poucas as mulheres verdadeiramente emancipadas, com independência e autonomia nas tomadas de decisões sobre suas vidas.

A assustadora quantidade dos feminicídios e outras formas de violências, materiais, simbólicas e psicológicas, presentes já antes e agravadas com o início da pandemia, revela o quão as mulheres ainda precisam lutar, até que um dia consigam uma liberdade plena.

 Tudo isso torna-se bem mais complexo e multifacetado, quando falamos de mulheres cegas, com baixa visão, negras, pobres, homossexuais, além de outras situações e condições que escapam os padrões estéticos de perfeição corporal e de inteligência.

Enio Rodrigues da Rosa

Diretor do IPC

#PraTodosVerem Ilustração com fundo rosa em que aparecem duas mulheres uma branca e uma negra fazendo gesto de força com o braço em L. Em letras pretas no topo, 8 de março. Em letras brancas abaixo: Dia Internacional da Mulher.

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